Se você é fã de hyperpop, então também ficou impactado com a notícia sobre o encerramento da gravadora londrina, a PC MUSIC, que ajudou a lançar artistas como Hannah Diamond, NAMASENDA, GFOTY, como também, expandir a sonoridade de artistas como Charli XCX, Caroline Polachek e Kero Kero Bonito no mercado musical.
Para quem não está 100% por dentro, o principal conceito por trás dos criadores e artistas que embarcaram nessa aventura sonora envolve explorar a euforia do consumismo, da cultura pop e da Internet, seja como forma de crítica ou de celebração – mas de forma extrema e com um visual sempre muito bem trabalhado e marcante.
Com o fim de uma era que soube retratar muito bem a época desde 2013 até os tempos atuais e que hoje possui um impacto super relevante como subgênero musical e influencia artistas mainstream como Rosalia, Lady Gaga, Madonna, I could help but wonder… o que podemos esperar do mercado da música nos próximos anos?
O que os jovens estão consumindo de música nos dias de hoje?
No Brasil, segundo o report Bananas Music Trends 2023 do Bananas Music, os fãs estão acelerando as músicas entre 30% e 50% e as chamadas “sped up versions” dominaram não só o TikTok. A playlist Sped Up Songs do Spotify já está com mais de 1,4 milhões de curtidas e tem 4 horas e meia de duração.
Merece destaque também o novo sertanejo, conhecido também como sertanejo multigênero: aquele que mistura diferentes estilos musicais em uma única faixa. Um exemplo é “ELA PIROU NA DODGE RAM”, de Luan Pereira e MC Ryan SP. No forró, vale mencionar o forró de vaquejada – nome dado ao gênero que mistura o forró raiz com ritmos como funk e brega.
Para conferir o report completo, é só clicar aqui.
A inteligência artificial na maneira como consumimos música
Em maio, a Mashable publicou uma matéria sobre um artista de K-pop que, com ajuda da inteligência artificial, lançou uma música disponível em 6 idiomas. O cantor é o Lee Hyun, mas quem realizou esse lançamento foi o seu alter-ego MIDNATT. Na conta do YouTube, além da versão original em coreano, é possível ouvir o single "Masquerade” em inglês, espanhol, chinês, japonês e vietnamita apenas clicando na opção "detalhes”, sem precisar ouvir/assistir desde o início.
A gravadora também destacou que Lee realmente cantou a música nos seis idiomas e que o uso da inteligência artificial entrou apenas para ajustar a pronúncia e entoação. Segundo o release oficial, o projeto foi "lançado com o objetivo de oferecer aos fãs de música uma experiência musical que vai além das limitações físicas do K-pop.".
BOSSA NOVA IS BACK? Para os Gen-Z de fora, sim!
Em 2021, Billie Eilish nos pegou de surpresa com a música “Billie Bossa Nova” e, como o próprio nome já entrega, leva em seu produção o estilo Bossa Nova, inspirado no trabalho de Tom Jobim - como dito pela própria artista.
Além de Billie, temos uma nova geração de cantores que tem conquistado uma comunidade de fãs com suas sonoridades que espelham esse estilo musical, como Beabadoobee, Cuco e Jakob. Por mais que aqui no Brasil o estilo nunca tenha ido embora ou deixado de ser relevante, acredito que o impacto nos Gen-Z de fora do país também deve-se também ao sucesso de canais como Lo-fi Girl e a sonoridade do estilo bedroom pop – que consiste num estilo mais caseiro de produção com referências do indie, lo-fi e hip-hop.
Recentemente, o YouTube lançou o report Culture & Trends 2023, e três pontos se destacaram:
O ambiente digital agora possui novas dimensões: o ambiente onde a criatividade existe se tornou mais personalizado e dinâmico. Um exemplo disso, foi quando o canal da Lofi Girl nos introduziu ao Synth Boy (rádio de músicas synthwave),
Com a expansão do digital, a participação dos fandoms no dia a dia dos artistas também cresceu. Dois grandes exemplos são os fãs de grupos de K-pop e também os Swifties. Além disso, deixo como dica o livro Fangirls: Scenes from Modern Music Culture, de 2020, para quem quiser entender melhor como as comunidades dos fandoms se relacionam e o impacto dos ídolos em suas vidas.
Novos formatos = novos fãs = novas narrativas = mais impacto: atualmente, todos somos criadores de conteúdos de alguma forma ou outra, inclusive nossos artistas favoritos. Por isso, explorar easter eggs (Taylor Swift é rainha no assunto), áudios de multi-linguagem (MIDNATT, citado antes), vlogs (Rina Sawayama possui o Rina TV no seu canal do YouTube), e novos nichos de comunidade (Nicki Minaj lançou uma skin em parceria com o game Call Of Dutty) são estratégias e ações que vão se tornar cada vez mais comum de percebemos.
Para conferir o report completo é só clicar aqui.
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