Bem-vindo à sexta edição do SIGNALS ✨
Como um reflexo da situação pandêmica que nos afastou do contato físico e nos convidou a explorar novas faces de nós mesmos, o sexo é um dos temas que explodiu em novas possibilidades a serem exploradas, seja de maneira solitária, a dois ou a muitos.
Na sociedade moderna, sexo ainda é tratado como um tabu, porém, essa forma de abordar o assunto tem se transformado e a necessidade de discutir sobre o tema e os seus benefícios para a saúde pode ser vista na mídia mainstream. Cada veículo de comunicação adapta o tom conforme o seu público, e então, de forma gradativa vemos o tema sexo por todos os lados.
O segmento de sex toys vem alavancando suas vendas de maneira exponencial, explorando novos prazeres e se unindo à tecnologia para a criação de experiências íntimas mesmo a distância.
A indústria do prazer tem investido pesado em anonimato para os seus clientes e em ideias e soluções de design que garantam que os sex toys tenham cara de brinquedos e não de vibradores, uma estratégia voltada para o conforto psicológico do usuário diante das opções de mercado. Outro ponto envolvendo o design tem relação com pessoas que viveram experiências de assédio ou estupro, assim as marcas distanciam os toys do formato falocêntrico.
O boom da indústria durante a pandemia.
Em uma pesquisa da BuzzFeed, em 2020 a porcentagem de vendas de sex toys era aproximadamente mais de 600% quando comparado a 2019. Esse boom faz com que o mercado de sexual wellness atinja US$ 45 bilhões até 2026.
Algumas celebridades também ingressaram no mercado através de lançamentos envolvendo acessórios sexuais. Em 2020, em parceria com a marca alemã Womanizer, Lily Allen lançou seu dildo. No mesmo ano, Cara Delevigne anunciou que seria consultora criativa e co-owner da Lora DiCarlo, empresa focada em sexual wellness focada na comunidade LGBTQIA+.
Em agosto deste ano, Frank Ocean e Lady Gaga também laçaram seus suspensórios sexuais, como anel peniano e jockstrap.
Representatividade: sex toys para pessoas não-binárias e PcDs.
Empresas com foco em pessoas PcDs, não-binárias ou em transição também vêm surgindo e ganhando destaque na indústria.
Em uma matéria realizada pela Mashable sobre o assunto, as barreiras físicas mais comuns para a masturbação são deficiências e limitações relacionadas às mãos, como: falta de alcance, fraqueza e doenças crônicas como artrite. A Bump’n é a primeira empresa de sextech focada nesta comunidade. O Handi Joystick é o principal produto da marca.
Criada em 2018, a empresa Cute Little Fuckers produz brinquedos de gênero neutro para pessoas trans e não binárias.
Inovações do mercado envolvendo tecnologia, vibradores via wireless e etc.
Os consumidores começaram a se tornar ávidos por novidades no segmento na medida em que foram entendendo que podem ter intimidade de maneira digital. Diante disso, marcas têm aproveitado os avanços das tecnologias robóticas e em IA para desenvolver soluções em seus dispositivos sexuais.
Porém, para que os sex toys pudessem crescer, as empresas entenderam que investir em um design amigável que não causasse constrangimento era fundamental, e é por isso que vemos tantas cores alegres, coelhinhos, patinhos e monstrinhos no segmento.
Os teledildonicos são vibradores que proporcionam sexo à distancia através de comandos enviados via celular. O toque proporcionado por esses toys imita o toque humano, o que os torna populares entre casais com relacionamento à distância.
VR e Metaverso.
O cybersex também é um mercado em potencial, além de educativo. Bryony Cole, pesquisadora sexual, acredita que o metaverso é uma ferramenta importante para a educação sexual e exploração do prazer por ser um local seguro para tirar dúvidas sobre o tema ou entender a funcionalidade de brinquedos em lojas virtuais antes de comprá-los fisicamente. Ir em uma loja física e fazer perguntas talvez seja embaraçoso, mas levar seu avatar até uma delas não é.
Já a realidade aumentada alavancou em 50% o crescimento das vendas de uma empresa especializada em prazer via VR, mostrando que o sexo solitário também pode ser imersivo.
Sexo é uma atividade social e de bem-estar.
A Economia do cuidado vem alcançando cada vez mais espaço no mercado de pessoas que buscam valorizar o seu bem-estar acima de qualquer coisa. Vivemos em tempos onde somos constantemente bombardeados por informações negativas e cada vez mais nos tornamos uma sociedade doente.
A atividade sexual é importante para saúde intelectual, mental, social e psicológica, além dos benefícios físicos como relaxamento muscular e redução de doenças cardíacas.
O site The Healthline publicou um artigo onde fala que pessoas sexualmente ativas tendem a ser mais cuidadosas com o corpo, praticando atividades físicas e se alimentando melhor do que aquelas que são menos sexualmente ativas.
Esta foi a edição da semana!
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